domingo, 30 de dezembro de 2007

A manifesta presença de Deus

Existe um lugar em Teu coração, ó Deus, que ansiamos encontrar; um lugar onde podemos nos esconder e encontrar a Tua verdade. Ó Pai, nos mostre e nos leve a este lugar. Amém!

A grande necessidade da igreja hoje é a de descobrir, ver, reconhecer e viver em meio à glória inefável de Deus. Uma nova medida de intimidade com Deus é o que precisamos para que os nossos corações sejam completamente capturados e envoltos por Sua constante glória. Porém, é necessário que haja líderes, exemplos, condutores para que possa haver seguidores. Paulo não apenas ensinou o caminho, mas trilhou o mesmo, conduzindo gerações e gerações de seguidores. Ele mesmo disse: “Sejam meus imitadores como eu imito a Cristo.”

O mundo não quer religião, e muito menos deseja que alguém lhe diga o que fazer ou deixar de fazer. Não devemos usar palavras persuasivas, mas sim a demonstração do poder de Deus. Só o poder de Deus e a atuação constante do Espírito Santo nas vidas dos membros de uma igreja é que irá convencer o mundo de seu pecado, levando-o aos pés de Jesus. Hoje em dia existem inúmeras denominações diferentes, divisões, vexames, erros escandalosos, heresias e amarguras em meio ao chamado “corpo de Cristo”. Há algum tempo estive na Itália e um pastor, líder de uma denominação pentecostal e que acredita que o avivamento começará em sua igreja, virou para mim e disse: “Eu sei que isto tudo que tem acontecido nos cultos provém de Deus, mas eu não aceito e não quero isto para mim e muito menos para os meus”. Incoerente porém interessante, não? Alguma coisa está errada em algum lugar. Temos que descobrir o erro e levá-lo ao pé da cruz.

Uma pergunta importante que temos que fazer é a seguinte: Como podemos nos diferenciar das demais seitas, religiões e credos perante os olhos do mundo? O que diferencia os nossos cultos de qualquer outra reunião social? É a presença manifesta de Deus! Aquele que tiver a água da vida para oferecer irá saciar os sedentos. Gostaria de dificultar a questão, mas a realidade crua é que só a presença manifesta de Deus irá fazer a diferença.

Como conseguir que este poder venha operar em nosso meio? Através da entronização de Deus sobre os nossos louvores e Sua habitação em nosso meio. Isto, conseguimos através da verdadeira adoração, do rendimento total, da entrega pessoal e da liberdade total, sem restrições, dada ao Espírito de Deus para que Ele seja o Senhor Supremo em nossas vidas como em nossos cultos. A nossa oração tem que ser: “Deus, seja DEUS em nosso meio! Eu quero mais de Ti e muito menos de mim!”

Não podemos dar aquilo que não temos. A presença manifesta de Deus é a marca e o sinal distinto que nos diferencia do demais credos. Uma vez que os pecadores notam isto, correm atrás da realidade que todos almejam, que é conhecer e servir a um Deus vivo, que transforma, que opera milagres e que ainda revela o Seu amor, a Sua alegria, a paz, o fogo e a glória a quem realmente quiser. O Espírito Santo tem uma tarefa e tanto a realizar hoje: Ele está incumbido de preparar a noiva de Cristo. Baseando-me no que tenho visto em muitos lugares ao redor do mundo e no Brasil, contudo, eu garanto uma coisa: a noiva, quando pronta, não será uma noiva rabugenta, triste, destituída de força e poder, adúltera, que vive uma vida de amargura, apenas se agüentando da melhor maneira possível até o seu príncipe chegue. Não! Não! Não! A mesma será uma noiva vibrante, maravilhosa, deslumbrante, linda, sorridente, alegre, poderosa, VIVA!

Muitos têm desejado posições sem ter caráter, poder sem ter autoridade, e a presença de Deus sem pagar o preço. Porém uma posição no reino de Deus só é possível uma vez que assumimos o caráter de Deus em nós mesmos. O poder de sermos testemunhas com manifestações de sinais e prodígios só é alcançado à medida que nos rendemos à autoridade do Espírito Santo (Zc 4.6). Só se consegue a presença de Deus uma vez que pagamos o preço de ter um coração puro e mãos limpas. Tudo que desejamos está em Deus. Como poderemos ensinar alguém o que não temos aprendido? Como poderemos guiá-los onde não temos ido? O mistério do reino é, segundo a epístola de Paulo aos irmãos em Colossos, “Cristo em nós – a esperança da glória.” (Cl 1.27)

O mundo jamais notará que estivemos com Jesus se, de fato, não tivermos estado com Ele. Entretanto, ninguém terá de perguntar: “Onde você estava?”, tendo estado com Ele, com o grande Eu sou, pois a diferença será evidente. Qual foi a diferença notada pelos filhos de Israel na pessoa de Moisés, uma vez que ele desceu do monte Sinai após estar com Deus? O seu rosto brilhava. Sabemos onde temos que ir; contudo, o nosso problema, infelizmente, é chegar lá! A pureza de coração não é uma situação onde fazemos ou deixamos de fazer, e sim um clamor contínuo e um anseio melindroso que requerem uma atitude constante de querer ser agradável aos olhos de Deus. Tudo o que eu faço, digo e sou tem que expor a pureza divina que há em mim. Antes de ser proferido pelos lábios tem que gerar raízes no coração.

Deus quer que tenhamos a eternidade em nossos corações. Viver não apenas pelo hoje e sim pela eternidade, evitando assim a “crise de santidade” – santos dia sim, dia não. Tenho sentido recentemente a necessidade de compartilhar isto com os sedentos pela Verdade, pois a Verdade nos liberta, não é mesmo? À medida que viajo ao redor do Brasil e do mundo tenho visto e sentido que muitos não entendem esta pequena palavra intrigante e ao mesmo tempo de potência explosiva: adoração.

Aproveite toda e qualquer oportunidade que você tiver de se perder na presença de Deus. O homem falha; Deus nunca falha!

Aos Seus pés,

David M. Quinlan
Ministério Paixão, Fogo e Glória
www.fogoegloria.com.br

sábado, 8 de dezembro de 2007

Leão da tribo de Judá



O que significa, e de onde provém, a expressão “Leão da tribo de Judá”, atribuída a Jesus?

E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos” (Ap 5.5).

O emprego desse título, pelos membros da tribo da qual Jesus descendeu, era metafórico. A figura do leão decorava o emblema do estandarte que representava a tribo de Judá, tanto em viagens quanto em incursões militares.

Em todas as épocas (e também nos dias atuais), o leão representa a força e o poder que, nos tempos antigos, eram atribuídos, ou pelo menos desejados, pelas linhagens reais e guerreiras.

A esperança judaica, neste aspecto, não era diferente, porque o Messias que os judeus esperavam viria, segundo sua carnal compreensão, na pessoa de um grande guerreiro, de um grande monarca que, ao derrotar todos os inimigos de Israel, daria completa libertação ao povo.

Não é provável que a tribo possuísse um animal desse porte como um bichinho de estimação, uma vez que a força do leão e a ameaça que representa o tornam um perigo para todos.

O próprio Deus, pela palavra de seu profeta, assemelha-se a um leão, manifestando, dessa maneira, o tamanho do seu poder, para que o homem pudesse mensurar (Os 5.14). Em Apocalipse 5.5, esta metáfora, agora em referência a Cristo, é novamente destacada, quando da ocasião em que o ancião descrevia a visão a João, na ilha de Patmos.

O texto apocalíptico surge como um fragmento correlato de Gênesis 49.9, empregado pelo autor inspirado, Moisés, para enumerar as características de cada uma das doze tribos de Israel. E, ao manifestar-se a respeito da tribo de Judá, diz tratar-se de um “leãozinho que subsiste da presa”; isto é, daquele cuja presença e ação os inimigos não podem escapar.

Fonte-ICP